11/01/2012

Baby blues!

Ontem eu li um post q falava sobre o tal baby blues no blog da Ana, mamae da Alice e choquei! 
Choquei pq é a mais pura verdade e sim, baby blues existe e MUITA gente passa por ele.

Qdo a Anna nasceu, foi tudo meio complicado, como em qlq casa com um recem nascido.
Alguns dias depois q já estávamos em casa,comecei a ter crises de choro, de tristeza, de depressão.
Por alguns instantes achei q estivesse entrando numa depressão pós parto e isso me APAVORAVA.
Não queria sentir aquilo, me culpava por simplesmente não estar feliz como deveria, ou talvez como eu esperava q estivesse.
Daí fui atrás de informações.
E descobri o tal do baby blues.
O baby blues nada mais é do q aquele "luto" q vc acaba sentindo por saber q sua vida, a partir daquele momento, NUNCA mais será a mesma.
Vc sabe, na gravidez, q sua vida vai mudar mas digo por mim, eu achava q nem mudaria tanto.
Sabia q algumas noites ficaria acordada, sabia q minha rotina iria mudar, mas achava q não drasticamente. E isso aconteceu,porém, MUITO mais além do q eu imaginava. E a gente se perde. A gente sente medo. A gente começa até a repensar no porque a gente entrou nessa de filho!
"minha vida tava tão calminha, eu, meu amor e nosso cachorro,pra q eu fui inventar isso????". Pensei nisso SIM algumas vezes.
Nunca não amei a Anna Laura, mas confesso q o amor foi crescendo aos poucos. Ele foi existindo dia pós dia, e não chegou (como eu sempre lia) assim de primeira, qdo eu a vi pela primeira vez ao nascer.
Qdo a Anna nasceu e me mostraram ela eu senti sim um amor, um sentimento incrível por ela ali, mas o amor de mãe mesmo, aquele q só falta explodir dentro da gente, ah esse veio com o tempo, com a nossa intimidade, com o nosso dia a dia mesmo.
E depois de 3 dias na maternidade, onde até a fralda dela trocavam pra mim, me vi em casa sozinha com uma bebe q chorava de fome, de frio, de calor e eu não sabia por onde eu começava, me vi perdida, sem tempo muitas vezes nem pra escovar os dentes, com olheiras, cansada mas nem de longe podendo se quer recostar a cabeça no travesseiro qdo eu tivesse vontade.
No fim da gravidez, ja de licença e em casa, qdo eu ficava cansadinha depois do almoço,ia pra cama, ligava a TV e dormia a tarde toda.
Não podia fazer mais isso. Aquilo tava fugindo do meu controle e eu não gosto de coisas q fogem ao meu controle.
Aquilo era novo demais, cansativo demais e eu me perguntava, muitas vezes aos prantos: "kd a felicidade q me venderam na gravidez????"
Óbvio q eu via aqueles olhinhos pequenos e frágeis e me sentia a mulher mais realizada do mundo, mas ao mesmo tempo não tava preparada pra me despedir daquela Thania de antes, q dormia 12 horas se deixassem,tirava sonecas no meio da tarde, aquela Thania profissional, a saía cedo de casa pra trabahar,aquela esposa dedicada...não conseguia dar tchau a ela pra q a nova Thania,mãe, entrasse em cena.
E aquilo me causava uma dor enorme. Um sentimento de medo e de culpa q eu NUNCA havia sentido na vida.

Comecei a ler sobre o assunto, e percebi q eu não era a unica q sentia e passava por isso.
Alguns artigos q eu achei sobre isso na net diziam q o tal baby blues vai embora em 15 dias no máximo mas eu devo confessar q o meu ficou aqui por mais tempo.
Claro q com o passar do tempo eu e a Anna fomos criando afinidades e aquelas dificuldades do começo foram ficando pra trás e mais, algumas até viravam piadas: "nossa, como eu era capaz de fazer isso?"
Mas sim, eu passei por isso.
Assumo,admito, pq eu sei q muita gente q lê meu blog está passando por isso nesse momento. 
Só tenho a dizer q PASSA.
Lógico q como seres humanos q somos, algumas vezes, ainda me sinto triste por não poder fazer td q eu quero e tenho vontade, mas hj é diferente, completamente diferente. Hj impus prioridades e a Anna está no topo delas, por isso aceito com mais maturidade q a vida não é mais a mesma e um dia ela vai crescer e as coisas entrarão um pouco mais nos eixos.
Fora q a gente se acostuma SIM a dormir menos e a correria q ter um filho requer.
Tanto q olhando pra trás, eu posso JURAR q tive amnésia, pois eu não me lembro mesmo de como era a  minha vida antes da chegada da Anna.
Não lembro, não me interessa, nem quero saber como era.
Hj eu sei q minha vida é sim muito mais corrida, muito mais cansativa mas de uma coisa eu nunca tive duvidas: hj minha vida é muito mais completa e feliz!

Portanto se vc está passando por isso, não se sinta culpada ou triste.
A gente por fim até acaba culpando os hormonios e é isso mesmo.
Eles alteram e mexem demais com a gente.
Ser mãe nem de longe é a tarefa mais fácil do mundo. Não é. Tenho certeza q sua mãe te disse isso um dia.
Aquele ditado "ser mãe é padecer no paraiso" é real. Só acho a palavra padecer forte demais. Ser mãe é dificil, mas não é padecer. Mas é sim estar no paraíso.
Depois q a Anna nasceu passei a entender e valorizar ainda mais a minha mãe.
Entender tudo q ela me dizia e me mostrava!
O caminho q ela me mostrava nem sempre era o mais fácil, mas certeza q sempre era o mais certo!
Ser mãe é isso.
É chorar, é se descabelar mas é sim MORRER de amor!
Como qlq jornada na vida, o começo é dificil, cansativo, as vezes até chato.
A gente não sabe bem o q ta fazendo e isso nem sempre é bom. Mas nem sempre é ruim. 
Pq no final das contas, a gente ta aqui pra aprender. E não saber, é aprender. E aprender é bagagem.
Ser mãe é sim abrir mão. Mas isso é um processo automático e nem requer muito treino. 
Abrir mão faz parte de qlq escolha q façamos na vida. Ser mãe é uma escolha.


Qdo tiver vontade de chorar de cansaço, de desespero ou simplesmente pq está com vontade de chorar,CHORE.
Chorar lava a alma. Faz renovar as nossas forças.E não é pq nos tornamos mãe q somos proibidas de chorar. Nem sempre chorar é sinal de fraqueza e sim de coragem!
Coragem de entender q sim, q ta tudo mudando, mas a mudança sem dúvida é pra melhor e isso, ah isso é a melhor parte do espetáculo!


Beijos





 

19 comentários:

Diário de duas Princesas disse...

Amiga eu também senti tudo isso que você acabou de falar!!! Nos primeiros dias depois que tive a Yasmin eu tinha uma tristeza profunda dentro de mim e uma vontade enorme de chorar, mas não sabia o motivo....
E Realmente o amor se faz com o tempo.....


Beijinhos

Futura mãmã disse...

Gostei muito do seu relato...
Ainda nao sei o que isso e' pois ainda nao tenho o pequeno aqui comigo mas... depois vamos ver como sera'.
Beijinho

Dea, a mamae da Nina disse...

eu tive depressao quase 2 anos depois, qdo cheguei a exaustao completa.
Exatamente 1 ano e 9 meses sem nenhum dia de descanso ja q minha mae mora em sp e eu no rio e minha sogra fica as vezes 70 dias sem vir aqui, sendo q mora na mesma cidade e Nina unica neta.
Jamais quis q alguem cuidasse na minha filha mas nao me dar nenhum apoio é f....
Meu marido é tudo de melhor na vida da Nina, amo ele ser o pai q é.
To fazendo analise há 5 meses e a coisa ta caminhando bem.
Percebi a depressao rapido, vi q eu nao tava bem e procurei ajuda.
Bjs e amei o post

Cláudia Leite disse...

É muito bom levantar esse assunto, pois muitas novas mamães passam por isso.
Acho que eu não tive apenas uma baby blues, acho que foi mais que isso pois fiquei desnorteada até os 4 meses da Isabella. Só tomei as rédeas de tudo após esses 4 meses, aí é que consegui entender tudo o que tinha mudado e me adaptar a nova vida.
É uma fase complicadíssima, realmente.


bjo!

Talita disse...

Olá Thania!
Encontrei seu blog e achei muito legal seu relato, alias muito importante. Não sou mãe (por enquanto rs), mas imagino o q deve ter de mãezinha por ai q passa por isso, não tem coragem de admitir e sofre calada, com medo d que a rotulem como péssima mãe (e olhe lá se ela mesma não se auto intitular assim) então acho super valido alguém q já passou por isso dar sua visão e melhor acalmar quem tá passando. E no meu caso foi de muita serventia pois se um dia acontecer comigo saberei que é normal e vai passar.

Parabéns pelo post e pela filha linda!
Bjos
Talita

Doce Espera disse...

AMEI o post....
Acho que temos que nos preparar para tudo... para a felicidade mas também para as dificuldades que podem aparecer!!!

Abraços.

Tatiane Garcia disse...

Than...isso existe e se a gente nao sabe dele, assusta mto!!! Me despedir da Tati pré-gravidez não foi e não é fácil, ainda hoje muitas vezes me sento tolida da minha liberdade! Claro que o BB compensa tudo q abdicamos, mas a vida de antes faz falta!!! Com o tempo melhora, mas informação é tudo...precisamos nos informar até pra saber combater e não entrar numas de "depressão" !!! bjobjo Than!!!!!

Renata disse...

than, é exatamente isso, um luto, a despedida de uma vida pra iniciar outra, com tantas mudanças e uma responsabilidade e um amor tão enormes q ñ sabemos como lidar com eles.
e sim, a desinformação e o preconceito pioram td, pq ñ admitimos q podemos estar vivendo aquilo num momento q teoricamnete era pra ser ultra mega feliz...achamos q aquilo só ta acointecendo c/ a gente...e aí vem a culpa...e ela piora td uns duzentos por cento!!!
to escrevendo td isso com conhecimento de causa, pq tb tive o baby blues, q evoluiu pra depressão e q ñ, ñ diminui meu amor pela minha filha...mas q sim, era um problema q precisava de tratamento.
levei quase 1 ano pra aceitar isso, e me arrependo de ñ ter procurado ajuda antes...bom, águas passadas graças a deus! por isso minha dica p/ as futuras mamães é: é normal, permita-se viver esse momento, vc ñ é aunica, é muito dificil sim, massss...se ñ estiver conseguindo sozinha, procure ajuda seja ela qual for...ñ é errado, nem feio, nem vc é menos mãe por isso!

bjs than e anninha!

Unknown disse...

querida, tb passei por isso e como não sabia que existia um termo para isso achava que era cansaço..sono...enfim..estresse. Muita gente tem e nem sabe, né??

bjos

ps.: Passa no blog que tem sorteio Ballasox..te espero!

www.petitninos.com

Ana Paula disse...

Than!
Vc não sabe como fico feliz em ver você abordar este assunto, tão espinhoso.

Eu queria ter feito minha postagem antes, na semana passada, mas achei por bem adiar um pouco - afinal foi a semana que a Alice completou 1 mês.

O que me levou a falar sobre o baby blues foi justametne a falta de relatos de mamães. Encontrei artigos mais técnicos ou nos sites de bebês e maternidade, mas nada de alguém relatando, contando sua experiência - que era o que eu queira ler, saber, conhecer.

Ao levantar a questão a gente ajuda muitas meninas a não se culparem. Porque o início é pesado e começar com culpa piora ainda mais o processo.

Me lembro que a Claudia, mãe da Isabella, falou sobre sua experiência meses atrás, quando ainda eu estava grávida. Acho que foi a que falou mais abertamente sobre o assunto.

Com estes posts, a gente acaba criando uma rede de apoio, e com certeza vamos ajudar muitas mães.

Bj em vc e na linda Anna!!

Grauce disse...

Tudo o que vc falou é vdd. E mais, agente sabe q a vida via mudar, mas não tem a minima noção do quanto.

Hoje, posso dizer com todas as letras que SOU FELIZ! Antes eu era, mas não era completo.

Eu tb meio q sofri uma amnésia. Não lembro como era minha vida antes.

Tb fiz um post sobre o assunto.

Cynthia Souza disse...

Than eu não tive isso, então não posso falar, muito do assunto, mais lendo o seu post identifiquei na minha família , uma prima que passou por isso, e muita gente julgou-a, dizendo que ela não gostava do filho, lembro de que eu falei pro meu marido que ninguem tinha direito de julga-la, e que cada um sabe o seu processo de amor, ela me disse que ainda não amava o filho mais novo como amava o mais velho de 4 anos, deve ser isso que ela deve ter sentido, pois o amor veio com a convivencia, comigo, veio de soco, quando vi o Adrian já era extremamente louca por ele e nunca me senti perdida, mais minha prima se sentiu e muito, com a falta de liberdade, de sono e tudo o mais, acho que é muito pessoal e acho tb muito interessante vc abordar esse assunto, pois pode e acredito que isso esteja acontecendo pelo mundão afora, uma grande beijo.

Camyla Toneto disse...

Oiii than.
Bah deve ser foda isso né?

as vezes fico pensando, e rezo para que isto não aconteça comigo. será que acontece com todo mundo? espero que nao!

E sabe que ontem mesmo eu e meu marido estavamos conversando... e agente parou para se perguntar, como seria nossa vida hoje se eu não tivesse grávida? eu não soube responder, porque não tenho a minima ideia de como seria! e não me imagino não gravida, o nosso mundo ja gira em torno do nosso Miguel que nem nasceu ainda. imagina quando nasceer... haha
é engraçado né?

beijinhos

disse...

Ai, não gosto nem de falar nisso
E confesso que foi a pior coisa que aconteceu... nunca deixei de cuidar do meu filho, fazia tudo pra ele com maior amor, mas confesso que não tinha vontade de mais nada, não dormia com medo de morrer... e o amor foi crescendo aos poucos... não teve glamour não!!!
Beijos amiga!

sheR disse...

Nossa....
Eu sentí isso também, mais eu não achava que era por isso, achava que era por estar longe do meu marido...
passei os primeiros 20 dias na casa da minha mãe e ele ia lá e passava só o dia comigo, e eu lembrava dele e chorava muito...
Eu sou do tipo de pessoa que se aconrtece algo estranho eu ja fico pensando... nossa isso ta errado, isso mudouo...
Imagina agora com um bebê??
Eu também não sentí esse amor todinho no primeiro momento, sabia que eu amaria muito, mais a minha ficha anida não tinha caído, nem chorar eu chorei quando ví meu filho pela primeira vez...
bjO

Carol Damasceno disse...

Thania não sabia que esse sentimento tinha nome... Eu olhava a Laura no carrinho e chorava.. Eu sentia dó daquele ser tão pequeno que dependia totalmente de mim.. É uma confusão sentimental sem tamanho, mas ainda bem que passa mesmo... :)

Beijocas
Carol

Aryana Martins disse...

Oi, Thania! Cadê vocês?
Passando para desejar uma excelente semana! Beijos ;)

disse...

Than, eujá tinha ouvido falar mais achei muito interessante esse post pois daqui a pouco pode acontecer comigo e sei que vai ser passageiro. Valeu a dica adorei.

Beijos pra vocês!

Rafaela disse...

Muito bacana o que vc escreveu, pois existem muitas mães que passam por isso e não conseguem entender como pode existir essa tristeza quando se ama o bebê!
Gostei de conhecer seu blog.

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