25/07/2013

A (difícil) escolha de abrir mão de ser profissional pra ser mãe!

(25/07/13)

Muita gente q lê meu blog sabe q eu trabalhei, 9 horas diariamente e mais 4 horas de sábado até a 37ª semana de gravidez da Anna.
Não era fácil, principalmente no final da gravidez. Aliás, acho que não foi fácil a gravidez toda.
Eu reclamava muito por aqui (pq na época não tinha facebook..rs), no finalzinho da gravidez, tinha dias q nem ia trabalhar!
Me cansava, chorava, inchava, sentia dores, azia, sono, preguiça.
Por volta da 30ª semana, decidi, juntamente com o total aval do meu marido, q assim q a licença maternidade terminasse, eu não queria voltar ao trabalho!
Queria me dedicar 100% à Anna, à casa, à ele (menos a mim!).
Ok. Minha cabeça já estava decidida a isso!
Entrei de licença com 37 semanas.
A Anna nasceu 15 dias depois.
Ou seja, eu tinha menos 15 dias de licença.
Fiquei em casa os 120 dias que tinha por direito e voltei.
Como sabia q não teria MESMO com quem deixar a Anna, a minha sogra, mudou toda a vida e a rotina dela, pra conseguir ficar com a Anna Laura esses 30 dias q eu teria q voltar de qlq jeito, pq pela lei CLT a mulher tem estabilidade no emprego por pelo menos 30 dias após o término da licença, ou seja, ela não pode ser demitida nesse meio tempo!
E foi o q eu fiz!
Fui trabalhar por 30 dias, sendo q eu saía meia hora antes do horário normal pra amamentar a Anna, como tb é previsto em lei.
Enfim.
A Anna acabou desmamando por conta disso, o resto muitas de vcs já sabem!
Os 30 dias se passaram, e eu pedi pra ser demitida.
Achei q meu ex patrão ia ser um cara bacana e não ia me forçar a abrir mão dos tais 40% da recisão, o q é uma graninha a mais, mas não! Ele até me demitiu, mas eu tive q abrir mão de mais de R$2.000,00!
Saí perdendo feio, mas beleza.

Passei 5 meses recebendo o seguro, curtindo a Anna, mas me esquecendo de mim!
Cada dia q passava eu me transformava mais em "mãe da Anna Laura" do q em Thania.

Não me arrependia, assim como não me arrependo ainda, de ter aberto mão de ter o meu dinheiro e a minha vida, pra cuidar e participar de momentos deliciosos com a Anna na idade q ela estava!
Assistir de camarote os primeiros TUDO da minha filha foi essencial pro meu próprio crescimento como mãe.
Mas foi estressante!
PQP como foi!
Tinha dias q eu queria fugir, proutro lugar baby...um lugar bem longe!
Queria correr, correr, correr e nem olhar pra trás!
Mas fomos levando. Como disse o privilégio de ver o crescimento dela de pertinho, valia a pena. Valia os dias.

Mas comecei a repensar.
A falta de grana pra botar em prática os meus sonhos, começou a pegar!
Marido sempre nos proveu muito bem, nunca nos faltou nada, muito pelo contrário, até os mais supérfluos, o marido nos supre.
Mas tem coisa q eu SEI q se eu tivesse renda ainda, ficaria mais fácil.
Ainda mais agora q a Anna fica na escola o dia todo.

Há uns meses atrás até comecei a procurar trabalho denovo.
Mas aí, engravidei.
Não foi sem querer, eu queria, mas enquanto não acontecia, eu tava tentando outro emprego, e se eu conseguisse, já tinha entrado nesse consenso com o marido, que brecaríamos os planos pro segundo filho e eu ia trabalhar por uns anos.
Mas fiquei grávida mais rápido do q eu imaginava então abortamos a ideia do emprego, mesmo pq não ia dar mesmo!

Só q hj isso pega. Pega muito em mim.
Eu não sei se me arrependo de ter saído daquele emprego em q estava há quase 4 anos qdo a Anna nasceu, apesar de saber q se eu não tivesse saído por espontânea vontade como foi, teriam saído comigo logo depois.
Mas as vezes eu começo a imaginar como seria se eu estivesse lá ainda.
Eu ganhava MUITO bem. De vdd. Abri mão de um bom salário pela maternidade.
Uma troca justa? Uma torca boa? Fui certa ao fazer isso?
Ainda não tenho respostas pra isso.

Ao mesmo tempo q tenho tempo pra Anna, não tenho $$$ pra dar a ela o conforto q ela merece.
Entendem a confusão q as coisas ficaram na minha cabeça?

E agora com o Bê, mais ainda.
Serão 2 q não terão o conforto q merecem, mas terão a atenção q merecem.
Q loucura isso!
Nunca imaginei q isso fosse se transformar num conflito tão grande dentro de mim!
Mas isso não é de hj, ou de ontem. Sinto esse conflito há tempos já!
Tentei voltar ao mercado de trabalho assim q comecei a pensar nisso.
A Anna já estava indo pra escola. Fui. Trabalhei 1 mês. Ganhava MAL PRA CACETE, o local era bagunçado, o trabalho era chato, sem rotina, sem organização.
Desisti.
Tb trabalhar dessa forma e ganhando quase NADA, obrigada! Ficava em casa.
E desde então, comecei a ver q não dava pra trabalhar com qlq coisa, em qlq lugar.
Ainda precisava de uma certa qualidade até pela Anna!
E então, não trabalhei mais.
Só em casa.
Como fotógrafa em algumas ocasiões.
Como tratadora de imagens ajudando o marido.
Fazendo livro.
Na lojinha virtual que temos (www.mpsexshop.com.br).
E seguimos assim. Sem nos faltar nada, muito menos tempo pra Anna e pra casa, mas faltando o MEU $$$, a minha renda q junto com a renda do marido, facilitaria eu buscar o q eu tanto sonho!

Mas enfim.
Escolhas são assim.
Toda escolha temos q abrir mão de outra coisa.
Natural.
Não dá pra se ter tudo!
Mas é difícil demais essa escolha!
Muito complicada!


Esse post é quase um desabafo.
É uma forma de dizer q sim, por um lado me arrependi demais de abrir mão de tudo isso, de trabalhar e ter $$ na minha conta bancária.
Mas tb não me arrependo por poder estar muito presente sempre na vida da Anna.

Entendem o conflito?
Foda.

E vcs?
Como foi com vcs?



13 comentários:

Carol disse...

Putz, Than! Ser mãe é ter culpa, eu acho....se vc trabalhasse, ia se culpar por não ficar o tempo suficiente com as crianças....e na boa, ficar num emprego chato, só pra ganahr uma grana, pensando no conforto dos babies, é triste, pq vc ia se frustrar de qualquer forma...
Se eu puder dar um conselho, rs, espera o Bê crescer, ter uns 2 anos e tenta se recolocar. Aí com eles maiores, vc pode avaliar até q ponto vale a pena não ser mãe full time!
Eu não tenho escolha, preciso trabalhar! minha renda ajuda a maior parte de casa e infelizmente por mais que eu queira ser uma full time mom, eu não posso.....

bjoks
Carol
www.meuparasita.com

Martha disse...

Então, Thania... estou nesse compflito, mas ao contrario, entende!!!

Mesmo insatisfeita, eu continuei trabalhando quando terminou a licença maternidade.. e continuo hoje, 3 anos depois. Mas continuo insatisfeita, com o agravante de agora me culpar por deixar Laís e de querer outro filho, mas em outro cenário.

Ler seu post me fez pensar que as coisas nunca são fáceis, a gente sempre abre mão, sempre deixa um pedaço de nós meio capenga por conta de uma decisão com essa importância.

Acho que sua decisão não foi uma decisão para a vida toda. A gente sabe como o tempo é cruel e passa rápido de mais.. Logo Anna, e até o Be, não vão ser mais tão dependente de vc e vc vai poder voltar a investir na sua vida novamente.

Bj grande!!!

Por Simone Nomura disse...

Oi, Thania.
Eu tive a minha Ana há 4 anos e nunca parei de trabalhar. Não vi o primeiro nada da minha e sofri demais com tudo isso. Em contrapartida, cresci profissionalmente e hoje eu posso proporcionar à minha filha tudo o que sempre sonhei ter tido, mas não vou negar, é como se fosse uma recompensa por deixá-la sozinha.
Estou à espera da minha segunda filha, uma menina também. E percebo o quanto a empresa na qual trabalho marginaliza as gestantes. Nunca imaginei um cenário como esses. Hoje, ser mãe, no mundo corporativo é coisa de gente louca... o que é lamentável. Confesso: sentir isso diariamente não tem me feito bem. Fico feliz por você ter a oportunidade de passar sua gestação tranquila no aconchego do seu lar.
Um grande beijo,

Adriana Bandeira disse...

Comigo foi igual e continua sendo. Eu deixei de ter o dinheiro na conta para ficar com o Miguel. E não me arrependo tanto assim, apesar das dificuldades. Acho que teria enlouquecido se tivesse continuado naquele trabalho, sabe? E quando eu estava EMPREGADA, sim, começaria no dia seguinte, descobri a segunda gestação. Nossas histórias até que batem, Than.
Mas como disse uma moça num comentário, nunca vai ser fácil.
Bjos

Carol Celeghin disse...

Oi Thania!
Marido e eu aproveitamos que eu já não estava trabalhando para engravidar e portanto vou poder me dedicar integralmente ao meu filho, pelos menos durante os primeiros anos.
Mas sei bem como é difícil esta decisão, quando estávamos nos preparando par tentar engravidar um anos atrás recebi uma ótima proposta de emprego, logicamente aceitei e freei os planos de ser mãe e disso que arrependo muito. Pois logo depois sofri assédio do meu chefe coreano (que não tenho como provar) e fui demitida, ou seja desisti de um sonho para levar um "pé na bunda".
Quero muito cuidar de meu bebê pelo tempo que puder e se as coisa apertarem muito aceito qualquer emprego apenas até estabilizar as contas, pois também não quero me escravizar por um salário merreca.

Beijinhos... Carol Celeghin
http://carolinaericardo.blogspot.com

Dani Rabelo disse...

Than, eu não te entendo, pq eu não parei de trabalhar, então não posso falar que "putz, te entendo super e sei do que vc está falando"... pq não! Mas entendo que a falta do nosso dinheiro e do nosso ganho pode ser grande quando abrimos mão disso em prol do que quer que seja.
Eu, particularmente, rezo pelo dia em que consiga parar de trabalhar para cuidar da minha filha e do futuro filho (a) que tivermos, mas não sei se um dia isso será viável, portanto, me parece mais um sonho e um desenho do que um objetivo a ser alcançado.

Tenho certeza de que vc teve a melhor das intenções ao parar de trabalhar e ficar com a Anna Laura; tenho certeza de que vc não se arrepende disso quando a vê toda linda, sorridente, sapeca, inteligente e querida do jeito que é; tenho certeza de que vc sabe que valeu a pena quando lembra de tudo que conseguiu acompanhar do seu crescimento em toda a sua vida. E isso vale muito.

Se vc julgar importante voltar a trabalhar (e acho que deve ser mesmo!), procure depois que o Binado nascer (vc me permite escrever assim? Eu sempre falo "Binado" imitando a Lalá, mas não sei se vc se incomoda por ser algo que ela fala, não sei. Me perdoe se não for do teu gosto), depois que vc estiver segura para sair de casa e exercer uma profissão que te complete também, assim como a maternidade e outras tantas características que são tuas, da Thania.

Um grande beijo!!!

Adorei o seu post. Amei!
Super sincero, como vc sempre é!!!

Júlia Cristina disse...

Than, fiz o mesmo... depois que Amanda nasceu abri mao de um emprego bom para ficar com ela... mas como o emprego do marido nao era grande coisa, depois de um ano da Amanda voltei ao mercado... foi tranquilo e rapido, minha mae ficava com ela... Eu ficava com peso na consciencia mas ia.
Ai veio a gravidez da Alice totalmente inesperada... novamente abri mao de um emprego medio para ficar com ela até um ano.
Ai voltei a procurar emprego... e dessa vez foi dificil... e percebi em cada entrevista que era porque tinha duas filhas pequenas... nossa dificil.
Agora estou trabalhando, num lugar legal... recebendo um pouco mais da metade que recebia antes. SE me arrependo????? NEm sei... nem penso mto... para nao entrar em confito ... afinal... foi uma escolha feita por mim... agora é arcar com as consequencias.
Fica bem
bjo

Camila Gomes disse...

Than, eu te acompanho desde a gravidez da Anna e achei sua escolha tão linda, mas realmente só sabe o que acontece quem vive, eu trabalho meio período a empresa é da minha mãe familiar, eu posso entrar e sair o horário que quiser, contando que cumpra com minhas obrigações, porém quando você é dona da empresa as obrigações são muitas, afinal, não recebo salário, eu recebo uma parcial do lucro da empresa como minha mãe, pai, e irmãos é foda também, muita coisa para fazer e as vezes como agora nas férias Murillo vai comigo para empresa, ele fica lá vendo desenho e rabiscando tudo e todos, tem vezes que fico com ele por volta de 1 hora e depois volto a trabalhar. Várias vezes já passou pela minha cabeça parar de trabalhar e viver só com a renda do marido, mas ai eu fico pensando, aquilo também é meu e eu preciso ajudar muito. Posso ficar em casa alguns dias e isso me deixa mal quando fico em casa me sinto inutil sabe? Murillo é muito independente sei ele precisa de mim , mas ele brinca sozinho, me chama de vez enquando só, e quando ele dorme, eu fico louca no computador correndo atrás de trabalho aqui no blog que seja, pelo menos assim eu estou trabalhando e buscando dinheiro de casa também.

Vc já pensou em trabalhar com o blog?
Te entendo em alguns pontos, mas para eles vai ser tão bom, eles vão te agradecer muito!!!
Beijos Ca

Ella disse...

Me identifico muito com o q está sentindo, eu parei de trabalhar faz uns 3 anos e sinto falta de ter o meu dinheiro, de almoçar com os colegas, de escolher onde ir comer, ao invés do que vou cozinhar, rs.
Mas é bem o que vc falou, na vida fazemos escolhas...
Eu tbm não volto a trabalhar pq pagam muito pouco de início, o que é natural, mas pra mim não valeria a pena pagar para trabalhar, apenas para dizer para mim e para o mundo "ó tô trabalhando".
Ainda não encontrei uma solução para esse conflito de sentimentos e se algum dia vc achar, me conta, rs.

Natália Santos disse...

-
Olá' encontrei seu blog através de outros ,
Gostei muito não pude deixar de ler seu post achei muito interessante , e super entendo comecei a trabalhar quando minha pequena tinha 6 meses porem moro com minha mãe , que também é complicado muita gente se metendo na EDUCAÇÃO DA MINHA FILHA , O PAI DA MINHA FILHA GRAÇAS a Deus ajuda mais mesmo assim me sinto presa pois não tenho minha ''independência'', moro na casa dos outros '' mesmo sendo minha mãe'' são casos diferentes mais que não deixa de ser complicado pensei por varias vezes de largar meu emprego pra dedicar a minha filha 100% mais é complicado , gosto de tudo do meu jeito gosto de comprar , sou bastante consumista é complicado , mais tbm é algo que me deixa ''mais segura''pois tenho o que é meu MEU DINHEIRO pelo menos posso administra-lo como eu qro* TE DESEJO MUITA FORÇA E MUITA SERENIDADE PRA TOMAR A DECISÃO CORRETA SHEIRO GRANDE♥
SEGUINDO AQUI TA'

http://khauannydandara.blogspot.com.br/

disse...

Nao tenho filho ainda...sempre achei q qdo engravidasse voltaria no 2o mes....queria ser A Mina! Mas qdo perdi meu bb e com ele minha trompa vejo o sacrificio q eh para ao menos ter esperanca de ser mae novamente com tao poucas possibilidades...entao passaria fome mas nao choraria mais qdo mais um mes se passasse e mais um ano de vida se passasse e menos estoque de ovulos eu tivesse....passaria fome para ter um sorriso sapeca no me colo...
Sabe Than, nao se culpe...vc optou por ouvir seu coracao e nao deixe a razao tomar conta!
Tuuuudo agente deixa passar pela razao se der ouvidos a ela. Eu ouvi a razao minha vida toda...ouvia ela dizer, q eu nao poderia juntar e sim casar! Ouvia ela dizer para eu comprar um apartamento antes de pensar em casar e sozinha para nao depender de marido se nao desse certo....e assim o fiz! Com 36 anos tava eu la....no meu ape, no meu casamento de papel passado pronta para pensar em engravidar...perdi!
Agora to eu aqui correndo contra o tempo atras de solucoes caras para QUEM SABE? Conseguir ter minha boneca!
Entao amiga ....SEJA FELIZ.
Bjooooo

Cláudia Leite disse...

Esse conflito é imenso mesmo!!!
Imagino que se pudesse optar, ficaria com um peso enorme nas costas para me decidir...
Voltei à trabalhar, mas tive licença de 6 meses, já ajudou um pouco... mas sei que perdi e perco muita coisa da Bella... mas não consigo imaginar dependendo do meu marido, meu pai estumulou minha independência muito cedo, e fora que, cada casal, cada família, lida com isso de uma maneira... meu marido nunca cogitou a hipótese que eu ficasse em casa... se ele não me apoiou, nem pude pensar nisso...

bjo e bom final de semana!

Tatiane Garcia disse...

Than, minha situação não é muito diferente da sua! Só que comigo não foi questão de escolha. Fui demitida. Isso acabou comigo. Eu até cogitei pedir demissão, mas havia decidido que não era uma boa, daí fui demitida. 6 anos de emprego, cargo de confiança, chave da empresa, e demissão por telefone. Até hoje dói. Eu deveria perdoar, mas ainda não consigo. Fui tirada do mercado com 31 anos e um bebê de 5 meses que mamava no peito. Enfim, optei (claro, quem me daria emprego nessas condições?) em ficar um ano em casa, cuidando do Pedro. Ele já vai fazer 2 e ainda estou aqui. Choro quase todos os dias. Porque queria meu $$$$ e minha vida. Sair pra ver gente, conversar, sabe? Fui preencher um cheque outro dia e fiquei insegura de errar. Rs, me detestei por isso. Tenho vergonha de pedir $$ pro marido.
E agora, por motivos que não posso citar aqui, não posso voltar ao mercado de trabalho. Eu sei que a vida é feita de escolhas e renúncias. Sei que este comentário não vai te ajudar em nada. Mas também desabafei, pra pelo menos você saber que não é a única a sentir isso! Tamo junto!
Um beijo, Tati

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